O processo de solicitação de patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) no Brasil e em escritórios internacionais segue passos específicos, com algumas diferenças dependendo da jurisdição.
Processo no INPI
Antes de solicitar a patente, é importante realizar uma pesquisa para verificar se sua invenção atende aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. E mesmo não sendo um passo obrigatório, é recomendado.
A pesquisa pode ser feita em bancos de dados como o Espacenet, Google Patents, ou no próprio site do INPI.
A preparação do pedido deve conter:
– Reivindicações: definem os direitos que se deseja proteger;
– Relatório descritivo: explica detalhadamente a invenção;
– Desenhos técnicos (se aplicável): ilustrações que auxiliem na compreensão;
– Resumo: síntese da invenção.
Documentos adicionais, como procuração e comprovantes de pagamento de taxas, podem ser necessários.
Após isso é feito o depósito do pedido, que é realizado por meio do e-Patentes, sistema eletrônico do INPI.
Após o depósito, o pedido recebe um número de protocolo e é publicado na Revista da Propriedade Industrial (RPI) após 18 meses, salvo pedido de antecipação.
Então o exame técnico deve ser solicitado ao INPI por meio do pagamento da taxa correspondente. Dessa forma, o examinador verificará se a invenção atende aos critérios de patenteabilidade e poderá pedir ajustes ou esclarecimentos.
Depois de realizar todos esses passos, vem o resultado. O pedido pode ser concedido ou indeferido. Se aprovado, a patente será concedida e publicada na RPI. Caso indeferido, há possibilidade de recurso.
No caso de ter o pedido aceito, será necessário pagar anuidades para manter a patente válida até o fim do prazo (20 anos para patentes de invenção e 15 anos para modelos de utilidade).
Processo em escritórios internacionais
Nesses casos é possível solicitar proteção em um único país realizado diretamente no escritório de propriedade intelectual de onde se deseja a proteção (ex.: USPTO nos EUA, EPO na Europa).
Segue procedimentos semelhantes ao do INPI, com possíveis variações na exigência de documentos e prazos.
Ou por meio do tratado de cooperação em matéria de patentes (PCT), que permite solicitar proteção em vários países com um único pedido internacional.
Principais etapas
– Pedido internacional: feito junto a um escritório receptor (ex.: INPI no Brasil) com abrangência em até 156 países;
– Busca internacional: avaliação preliminar da novidade e da atividade inventiva;
– Publicação internacional: o pedido é publicado após 18 meses da data de prioridade;
– Fase nacional: O requerente entra com pedidos específicos nos países de interesse (normalmente dentro de 30 meses da data de prioridade).
O PCT não garante a patente global, mas facilita o processo de solicitação em diversos países.
Principais diferenças
INPI BRASIL | ESCRITÓRIOS INTERNACIONAIS | |
IDIOMA | Português | Inglês, francês ou idioma local |
PRAZO DE ANÁLISE | Até 10 anos (variável) | Pode ser mais rápido em alguns países |
COBERTURA | Apenas Brasil | Global, dependendo do pedido |
TAXAS | Relativamente baixas | Podem ser significativamente altas |
Os melhores caminhos
Contratar uma consultoria especializada pode ajudar na preparação do pedido e no acompanhamento do processo. Além disso, ter um planejamento estratégico priorizando mercados onde a proteção é mais relevante para o negócio é fundamental. E ter atenção aos prazos para pagamento de taxas, recursos e solicitações de exame técnico são cruciais para evitar a perda do pedido.
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Por Marcelo V. Chinazzo
Jornalista